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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

POVOAMENTO DE SANTA CATARINA

POVOAMENTO DE SANTA CATARINA 


Depois de mais de um século de pré-história de aportamentos espanhóis e portugueses, vão os bandeirantes aos poucos tentando se estabelecer definitivamente. Tem-se então as primeiras noticias do povoamento da Ilha de Santa Catarina e do continente fronteiriço. Os primeiros povoadores são relativamente temporários, desde a tentativa do capitão Amaro Leitão, em 1645, até se conseguir uma clara continuidade, a partir de 1673, por iniciativa de Francisco Dias Velho, que enviou então seu filho fazer plantações.Mas o povoado foi atacado em 1687 por piratas, prejudicando-o bastante com a morte dada ao fundador Francisco Dias Velho. Não obstante uma difícil fase de estabilização, o povoamento já se ia tornando vitorioso, ao marcar em 1714 a formação da freguesia e em 1726 a criação do município.


 Ao mesmo tempo que na Ilha, também se estabelecem no continente alguns povoadores, conhecendo-se algo do que acontecia logo mais ao Sul em Massiambu. Só mais tarde acontecerá o povoamento mais intensivo, pela vinda de portugueses de Açores, instalados na beira mar, e imigrantes alemães, na Grande Florianópolis montanhosa. Mas estes novos elementos só vieram em tempo adentrado da Capitania (vd ) e da Província (vd ).O mérito inicial do povoamento da região foi exclusivamente dos bandeirantes.São pioneiros do tempo em que sequer havia organização política local, cabendo a eles dar origem à freguesia e ao município.

Facilitou a ocupação da Ilha de Santa Catarina e de sua região o fato mesmo de já se encontrarem estabilizadas as povoações de Paranaguá (vd 204) e São Francisco (vd 205ss).
Outro fator facilitante foi a fundação imediata de Laguna (1684) (vd), a qual precisava da Ilha de Santa Catarina como entreposto de contato com São Vicente.


Mas ocorrem ainda as ações prévias, e que são agora o tema a considerar.Três destas ações prévias se fizeram conhecer mais claramente, e que são:

- o povoamento temporário de Antônio Amaro Leitão (c.1645-1651);
- o plano de Salvador Corrêa de Sá e Benevides (1657-1658);
- a presença de Antônio Afonso e companheiros (1666).a) Povoamento temporário da Ilha de SC pelo Capitão Antônio Amaro Leitão (c. 1645-1651). 91sc0231.


O povoamento temporário de Antônio Amaro Leitão (c.1645-1651);

Ocorre um paralelismo quase perfeito entre a ocupação da Ilha de São Francisco e a da Ilha de santa Catarina, ainda que os sucessos fossem diferentes. Em ambas as ocupações, elas se fazem por efeito da expansão ao longo da costa e sob o estímulo do ouro.O arrebanhamento do índio já não é mais o móvel principal. Há, pois, uma diferença profunda entre os planos de povoamento de Manuel Preto, de 1629 - 1630 (vd 167 ss), e dos vicentinos instalados em 1634 - 1635 (vd 170 ss) e os trabalhos de povoamento daqueles que vêm para a Ilha de Santa Catarina a começar de 1645, quando ocorre a tentativa do Capitão Antônio Amaro Leitão.


 Apesar de todas serem bandeirantes, se distinguem ainda como períodos. Não obstante ser novo o modo de povoar, continuam as caçadas ao índio, embora em decrescendo.Destas ocupações experimentais ao longo da costa catarinense nasceriam mais tarde as solicitações de sesmarias, como de fato o foram, conforme se tem conhecimento. Em vista da rusticidade das populações, nem todas as famílias adotavam este encaminhamento, porque se preocupavam apenas de uma economia de subsistência.

É bem conhecido o caso da Ilha de Santa Catarina aonde chegou o ouvidor em 1720 e regularizou as ocupações das terras em nome dos ocupantes efetivos, deixando de levar em conta o fato de haverem pertencido muito anteriormente ao trucidado Dias Velho (vd 335).Em 1645 se estabeleceu na Ilha de Santa Catarina o Capitão Antônio Amaro Leitão, com alguns povoadores.Esta notícia sem detalhes tem a mesma fonte documental, que a do posto bandeirante encontrado cerca de 1634-1635 na Ilha de Santa Catarina, - o Arquivo da Companhia de Jesus, de Roma.

Em vista de não se fazer referência a outros povoadores naquele espaço de 10 anos, é possível que por todo aquele decênio estivesse a Ilha desabitada, como a descrevera em junho de 1635 o missionário jesuíta Inácio Sequeira (vd ).O documento jesuítico tem por objetivo principal dizer do pedido então feito à Ordem para ceder padres. Mas é suficientemente claro para dizer que o povoamento era feito pelo Capitão Antônio Amaro Leitão e que se iniciara dez anos depois daquele dos bandeirantes em 1635.
Foi levantado um cruzeiro na Ilha de Santa Catarina com a data de 1651 e que persistiu no adro da igreja até 1727, segundo a notícia, que nos veio através de Paulo José Miguel de Brito.É possível que a construção do cruzeiro remonte ao tempo do povoamento de Capitão Antônio Amaro Leitão. Suposto que desde o início fosse ele de pedra, - no todo ou em parte, - não seria obra de um navegador em trânsito.Depois de construído, já poderia ali ficar, mesmo que todos os moradores abandonassem a terra.

Nenhuma informação restou sobre o porquê da cessação do povoado, senão vagas especulações. Um das especulações seria a de que fora impossível aos moradores prosseguir na estadia. Um outra vaga especulação seria a de a pirataria, então já vigente nos mares, tivesse assaltado o frágil povoado, como depois também aconteceria em São Francisco (vd 214) e aqui mesmo quando do povoamento de Francisco Dias Velho (vd).b). 


Plano de Salvador Corrêa de Sá e Benevides na Ilha de SC (1657-1658).

 Entre 1651 e 1673 as notícias são suficientes para se saber que houve intermitências no povoamento da Ilha de Santa Catarina.Os novos povoadores, que possivelmente aqui estiveram não atuaram de molde a criarem um núcleo dinamizador capaz de ser considerado uma povoação.Há, pois, uma nítida diferença entre a povoação anterior do capitão Antônio Amaro Leitão e as tentativas que por ventura se tenham seguido de imediato. Depois deste espaço mais ou menos vazio de 1651 a 1673, o novo empreendimento criado por Dias Velho se diferencia sobre o tempo anterior como um todo.O tempo entre 1651 à 1673, apesar de relativamente vazio, possui o seu status peculiar, que mostra a tensão generalizada para a efetivação algum dia do povoamento.

 Os fatos, que então ocorrem, não têm em si mesmos considerável valor, porque não chegaram à concretização povoadora.Mas estes episódios despertam o interesse do historiador exatamente para comprovação de que a pressão cinética de forças existia e se tomava cada vez mais forte, ao ponto de ser examinado em 1658 um grande plano pela corte de Lisboa, ainda que não levado a efeito.A estratégica Ilha de Santa Catarina entra para a discussão dos altos escalões do governo português em 1657.

Eram então requeridas ao Rei, por Salvador Corrêa de Sá e Benevides, para seus planos, 100 léguas desta região numa petição que foi encaminhada ao Conselho Ultramarino em 14 de março de 1658 para ser esclarecida.Salvador conhecia sobejamente a costa, desde quando a patrulhara, defendendo-a dos espanhóis, e certamente percebia agora a expansão demográfica na direção Sul, portanto a possibilidade de povoá-la.Não se sabe porque não tivesse o plano chegado a termo, pois o Conselho Ultramarino manifestara-se pela sua conveniência. Talvez ocorressem dificuldades com os herdeiros da antiga denotaria? Ou seria porque novas oportunidades se haviam oferecido a Salvador, que efetivamente é nomeado dois anos depois Governador do Rio de Janeiro?Qualquer fosse a hipótese, a Ilha passou a ser mais falada, do que já era. E o próprio governador Salvador Corrêa de Sá Benevides, que depois passará para São Paulo, parece participar dos movimentos oficiais de estímulo ao povoamento do Sul (vd 248). 

Ficaram também informações sobre a Ilha, em consequência das consultas que o Conselho Ultramarino solicitou aos que então em Portugal tinham conhecimento sobre esta costa.Mas é claro que tais notícias já poderiam ser anacrônicas e algumas certamente dependiam de terceiros.Marcos Corrêa de Mesquita, antigo ouvidor do Rio de Janeiro, era favorável à concessão, em vista da qualidade das terras.Comentava, dizendo que a região é "muy remota das povoadas deste Reyno", que não havia brancos e nem povoações de índios, a não ser uma onde os brancos iam resgatar.Manuel Pereira Lobo, - que fora Capitão-mor da Capitania de São Vicente,- informou que de Cananéia até Buenos Aires não havia habitações de índios que tinha tido e que as terras dariam fartura de alimentos.

Declarando conhecer os portos de São Francisco, Ilha de Santa Catarina e Rio Grande, seria "muy conveniente ao serviço de Sua Majestade o povoarem-se, havendo quem o quisesse... Como são de tão longe, há de ser de muito gasto e despesa o povoarem-se neste princípio" (cf. n. 37).

Salvador Tomé de Mealhadas, capitão, declara também despovoadas as terras, duvidando que nelas dê a cana-de-açúcar em vista do frio, acrescenta que o gado certamente prosperaria muito. "Não somente se devem dar estas terras às pessoas que as pedirem, para as povoarem, se não fazer-lhes, ainda, mercês, porque de estarem despovoadas nem Deus, nem Vossa Majestade tem serventia e de se povoarem pelo contrário".

Ainda é situada neste tempo a informação de A. Marques, segundo a qual Francisco Dias Velho teria saído em 18 de abril de 1662, de São Paulo, - acompanhado da família, um homem branco, dois padres e muitos índios domesticados, - com vistas a estabelecer-se na Ilha de Santa Catarina, embora tenha imediatamente retornado. Poderia estar estudando uma futura possibilidade de expandir ali até seus múltiplos negócios.Em vista do seu anterior projeto de ocupar Santa Catarina (vd 244), deveria estar vendo com bons olhos a marcha de povoadores naquela direção, onde em 1660 já se criava o município de São Francisco e em 1665 já tomaria posse o primeiro vigário, o bandeirante Pe. João de Faria Fialho. 



Antônio Afonso e Miguel Antunes Prompto (1666).

  Em 1666 começam a aparecer as notícias da concessão de sesmarias por parte dos representantes dos herdeiros da donataria de Pero Lopes de Sousa.O retransmissor de tais notícias é Joaquim de Almeida Coelho, pai da historiógrafo catarinense, autor de Memória Histórica da Província de Santa Catarina, editada em 1856, muito conceituada, porque escrita à base de documentos, dos quais muitos hoje não mais subsistem.Refere-se a um certo Antônio Afonso e 6 companheiros com as respectivas famílias, que obtiveram em 6 de outubro de 1666 carta de meia-légua de terras para povoar, obtida junto de Gabriel Lara, Capitão-mor de Paranaguá e Procurador do Marquês de Cascais.

O historiador mencionado diz que "vieram" efetivamente:"No ano de 1666 Antônio Afonso e seis companheiros vieram com suas famílias povoar a Ilha e Terra Firme, para cuja fim lhes concedeu Gabriel de Lara Capitão-mor da Capitania de Paranaguá,Ouvidor, Alcaide-mor e Procurador bastante do Marquês de Cascaes (em nome deste), dentro de quarenta léguas ao sul da sua repartição (que se estendia até a Lagoa de lbiraquera) cartas de sesmaria de meia-légua de terras, datadas no Paranaguá por despacho de 3 de outubro. E este Capitão-mor substituiu no governo e repartição das terras ao Capitão-mor de São Francisco, Manuel Lourenço de Andrade" (A. Coelho, Memória histórica da Prov. de SC 1856, p. 7).

É muito importante a referência ao Capitão-mor de Paranaguá, porque ela vem revelar o início da expansão demográfica, por simples dilatação de ocupação, que então se vinha processando já muito ao Sul da Ilha de São Francisco. Ainda que Dias Velho, vindo diretamente de São Paulo, fosse o iniciador do núcleo gerador de Florianópolis, foi contudo a população que derivava ao longo da costa a que verdadeiramente imprimiu seu desenvolvimento.

Acrescenta-se mais outra notícia e que se refere a Miguel Antunes Prompto requerendo em Macambu: "No mesmo ano (1666) o Capitão-mor da Praça de Santos, Agostinho de Figueiredo com poderes do Donatário, o Marquês de Cascaes, concedeu a 22 de julho cartas de sesmaria de meia-légua de terras sobre as margens do rio Macambu na terra firme, e todo o sertão, a Miguel Antunes Prompto e 13 companheiros de Guaratuba que lhe requereram, como povoadores.


Após estes, vieram outros, com sesmarias passadas pelo mesmo Gabriel de Lara, e logo depois por seu substituto Domingos Francisco Francisque" (A. Coelho, Memória história da Prov. de SC, p. 7 de 1856).Importa considerar que ditas sesmarias de 1666 são referidas como situadas tanto na Ilha como na terra firme, no caso de Antônio Afonso; na terra firme, para Miguel Antunes Prompto.

Ao que parece, as de terra firme estavam mais no interesse dos povoadores, e se situavam na direção do Sul, talvez por causa dos campos naturais que ali havia.Quanto ao nome Macambu, deve ser Massiambu (que a notícia denomina Macambu e que pode ser corruptela de Maciambu), portanto no continente, um pouco além da Baia Sul. E se o grupo de 6 pessoas de Antônio Afonso também ocupava uma porção do lado da Ilha, este lado poderia ser exatamente pela extremidade sul da mesma, perto de Massiambu.

As características destas duas notícias povoatórias do ano 1666 são expressivas. Elas são taxativas no que se refere à datas de concessão, pessoas, dimensões, locais, e finalmente à vinda efetiva dos interessados. Almeida Coelho é taxativo em dizer duas vezes que "vieram" e uma vez "como povoadores".Se, de outra parte, não subsistem informações diretas sobre os requerentes das sesmarias no Massiambu, restam notícias de que na região novos interesses se manifestaram, como de Dias Velho e de Brito Peixoto (de Laguna).Importa entrar para o campo das hipóteses sobre o porque da falta de notícias posteriores.Uma primeira hipótese, a mais radical, dirá simplesmente, que ditos requerentes não vieram, apesar do que se disse; ou, se vieram, logo abandonaram os empreendimentos que se propuseram.


Uma segunda hipótese suporá que os povoadores referidos eram modestos e não chegaram a criar um centro polarizador, passando por conseguinte despercebidos em seu outro local. Isto teria assim acontecido, apesar de Antônio Afonso ter vindo com 6 pessoas e Miguel Antunes Prompto com 13.Efetivamente as empresas eram de caráter modesto e gente mais simples, - pois se diz que algumas delas eram de Guaratuba (Paraná), então ainda pequena localidade. Tratava-se de meias-sesmarias, para cada grupo.

Complementa a segunda hipótese a consideração de que o empreendimento mandado criar por Dias Velho em 1673 na Ilha de Santa Catarina polarizou as informações em torno a este. Aliás, o mesmo Dias Velho também requereu espaços em Massiambu, como já se disse. Tudo mostra haver já então interesse naquela região, como propícia à criação de gado, com condições humanas para empreendimentos.
Em 30 de novembro de 1678, apresenta-se em São Paulo, no mesmo grupo de Dias velho, um tal Antônio Afonso Vidal, para acompanhar a expedição que fundaria a Colônia de Sacramento, em que terá a função de sargento-mor. Eis mais uma sugestão para hipótese.Inversamente, as notícias a respeito das sesmarias concedidas em 1666 vão apoiar logisticamente as informações que virão a respeito do empreendimento de Dias Velho em 1673. Inclusive seu requerimento de terras em Santos é apoiado pelo precedente de que já outro o fizera.

Conclusão geral sobre o que acontecia até 1672:
Qualquer seja a possibilidade, bastante certa, de já haver habitantes entre a Ilha de Santa Catarina e Araçatuba, perto de Laguna, eles não criaram um centro dinamizador, de cuja polarização nascesse diretamente o atual centro urbano de Florianópolis. Coube a Francisco Dias Velho criá-lo, e marcá-lo pela construção de uma ermida.


Os nomes dos moradores da recém criada Freguesia de N. Sra. do Desterro(1714), quando já ia adiantada a reação de crescimento por efeito da vinda dos "segundos povoadores", já pode ser apreciada na petição de 25 de janeiro de 1715, que então eles dirigiam ao Governo, por intermédio de Manuel Gonçalves de Aguiar, funcionário em trânsito. 


São 15 nomes, que representam as principais famílias de 1715:

Domingos Tavares13
Baltasar Soares Lousada
Sebastião Fernandes Camacho
Manuel Manso de Avelar
Manuel Corrêa da Fonseca
Salvador de Souza Brito
Manuel Domingos Lopes
Manuel Teixeira
Domingos de Brito
Jerônimo Gomes14
João Lopes Biscardo
Salvador Dias Botelho
Joseph Velho Rangel
Diogo Camacho Moço
Francisco Martins. 


Confirmado a troca de população, alguns dentre estes nomes irão ser
encontrados depois em São Francisco: Sebastião Fernandes Camacho, Salvador de Souza de Brito, João Lopes Biscardo, José Velho.


http://floripendio.blogspot.com.br/2010/05/florianopolis-antigo.html

http://www.alfredo.com.br/arquivos/gentrop1.pdf
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/EncReg/EncSC/MegaHSC/SCcolonial/91sc0220.htm


Abaixo as primeiras imagens documentadas da Ilha de Santa Catarina, feita por um artista francês que aqui passou junto da expedição de Jean François Galaup, em 1785.


Florianoplois-duche de vanvy 1785


PS. A Igreja mais antiga da Ilha de Santa Catarina, construída em 1675, no centro de Florianópolis. Inicialmente, foi erguida no local apenas uma igrejinha, no governo de Dias Velho. O projeto de substituí-la pela Catedral, do Brigadeiro Silva Paes, só foi aprovado em Lisboa em 1751, sendo executado entre 1753 e 1773. Localiza-se no centro de Florianópolis, em frente a Praça XV de Novembro.

Um comentário:

  1. Achei ótimo ficar comprovado que o pedido de Salvador Correa de Sá, embora aprovada por membros do Conselho Ultramarino, não se concretizou. Todavia gostaria de saber se Frei Cristóvão de Lisboa, Frei Manoel de Santa Maria e o Padre Luiz Pereira de Campos participaram dessa Ata do Conselho Ultramarino de 14 de março de 1658, como afirma Aurélio Porto in "História das Missões Orientais. Muito grato, muito grato mesmo

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