Marcadores

quinta-feira, 13 de junho de 2019

MAX SCHRAMM

A avenida Max Schramm recebeu aquele nome em homenagem ao heróico marinheiro, natural de Florianópolis, "marujo formado na EAMSC, que salvou a vida de trezentos marinheiros e o seu navio, contratorpedeiro Greenhalg, durante explosão na praça de máquinas".

transcrevo mensagem que recebida do Capitão-de-Fragata Refº Hélio Marroig de Mello Filho, em 11/5/2007, sobre o triste episódio: "Reverenciar os nossos heróis é sempre uma honra e um dever. Max Schramm era marinheiro do CT Greenhalgh, em 1951, e se encontrava na Praça de Máquinas, de serviço, no momento do acidente.


O navio fazia teste de máquinas por trás da Ilha Grande. Desenvolvia sua velocidade máxima de 36 nós. O sistema de Praças de Máquinas à vácuo não permitia manobras erradas no seu acesso. Alguém, ao sair da Praça de Máquinas, deixou aberta a porta exterior da antecâmara. O primeiro homem a deixar a Praça, depois disso, ao abrir a porta de acesso interno, provocou a inversão do fogo das caldeiras. Em poucos segundos, as chamas sobre as tubulações de vapor superaquecido fizeram explodir a rede principal de vapor. O pessoal de serviço jogou-se no poço e morreu queimado. O Chefe de Máquinas (CHEMAQ) tinha subido para almoçar. Encontrava-se, na Praça D´Armas, quando ouviu uma explosão. Correu para o convés e viu a fumaça branca do vapor superaquecido, saindo da gaiúta de Bravo l. A temperatura era insuportável. Todos se afastaram do acesso.


Ao tentar descer na Praça, foi agarrado pelo marinheiro de primeira classe, Hilton. Para se desvencilhar de quem o impedia, foi obrigado a lhe dar um soco. Desceu, consciente, para a morte. Lá embaixo, no inferno, as válvulas de alimentação das caldeiras, cujos volantes estavam em brasa, precisavam ser fechadas para que as caldeiras não explodissem, levando ao fundo o contratorpedeiro. O passadiço tocara postos de abandono. E todos os procedimentos começaram a ser cumpridos. O CHEMAQ resistiu aos ferimentos e queimaduras, por ter respirado o ar e fechado, com as mãos, as referidas válvulas. Nos braços, apareciam ossos e, na barriga, as vísceras estavam à mostra. Seus pulmões, depois diagnosticado, não mais existiam. Foram expostos ao vapor de 960ºC. Sem que se saiba como, conseguiu sair da Praça por uma escada de quebra-peito, sem músculo nos braços. Max Schramm já havia tombado morto. Com um eixo e uma Praça de Caldeira, o Greenhalgh arrastou-se até o Rio de Janeiro. O CHEMAQ, levado juntamente com outros dois acidentados para o HCM, faleceu no dia seguinte, do lado do irmão que também era de Marinha, da mesma turma da Escola Naval. Temos certeza de que não só o marinheiro merece o nosso carinho. Todo o pessoal de serviço no quarto foi igualmente digno do nosso respeito. Santa Catarina fez essa justa homenagem e a Marinha homenageou o CHEMAQ, batizando um Rebocador de Porto com o seu nome: Comte. Marroig (Antônio Marroig de Mello)".

http://eamsc0111.blogspot.com/search?q=max+schramm

https://gw.geneanet.org/cacilda_w?lang=pt&m=S&n=scharamm&p=

Aluma colaboração para genealogia Shramm entrar em contato: cacildalimas@hotmail.com