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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Os açorianos estão chegando

Parte 1: Os açorianos estão chegando

Os açorianos estão chegando!
A notícia se espalhou como o vento. De boca, em boca, chegou a cada recanto da Vila de Desterro.
A curiosidade animou os pacatos moradores da Ilha de Santa Catarina, naquela manhã ensolarada do ano de nosso Senhor Jesus Cristo de 1749.
Dos mais variados pontos, percorrendo caminhos estreitos e tortuosos, os moradores se dirigiram para o ponto de desembarque, em frente à praça da igreja matriz.

veja o restante n0 Blog: http://blogdofarias.blogspot.com.br/2007/09/crnica-os-aorianos-esto-chegando.html

ÍNDICE DE DISCURSO CATARINENSE. N. 7: LUSOS AÇORIANOS EM SANTA CATARINA.


LUSOS AÇORIANOS EM SANTA CATARINA

139. Em São José da Terra Firme (então parte do grande Município de Florianópolis) foram fixados 182 casais açorianos, vindos no quarto transporte. Nesta condição teria ocorrido o nascimento deste principal núcleo açoriano, em 1752 (segundo Jacinto de Matos), não obstante a afirmativa em contrário de Almeida Coelho, que fixa o ano de 1750.

Contudo, quanto ao dia, a data presumível da fundação do núcleo é 19 de março, por ser o dia do seu padroeiro, São José. Em vista de se desconhecer melhor data, é este o melhor dia de sua comemoração.

Não há uma indicação exata da instalação dos primeiros povoadores. Mas se sabe que em fins de 1749 desembarcaram na Capital da Capitania imigrantes açorianos, e que nas informações do Governador Manoel Escudeiro, no ano de 1750, em parte estavam instalado naquele futuro município. O historiador Almeida Coelho (Memória política da Província de Santa Catarina, p. 168), que dispunha de documentos hoje desaparecidos, localizou naquele ano a fundação de São José.

Dá-se também como sido criada a freguesia de São José em 26-10-1751. Outro historiador, Jacinto Matos, localizou para aquele ano de 1751, a própria fundação do povoado.

Como se sabe, São José receberá, no futuro, a partir de 1828, imigrantes alemães, em Campinas (no caminho de Florianópolis para o núcleo originário de São José). No interior se formará a Colônia alemã de São Pedro de Alcântara (municipalizada apenas em 1997), cujos povoadores tenderam a reemigrar para São José e para a Capital.

São José, tornado município apenas em 1833, conurbou-se com a cidade de Florianópolis. Conserva do passado uma parte do seu antigo centro histórico.

Inicialmente o município de São José incluía o bairro do Estreito, portanto todo o litoral do continente fronteiriço. Com as alterações urbanas geradas pela construção da Ponte Ilha-Continente, foi retornado, 31-12-1943, ao município da Capital o espaço entre Campinas e Barreiros.


em 1748............ 461 pessoas

em 1749...........1066 pessoas

em 1750/51......1421 pessoas

em 1752...........1478 pessoas

em 1756............ 520 pessoas


Total....................................... 4946 pessoas.


http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Catarinense/Discurso_catarinense_texto_mega/98sc0007.html

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Um pouco de Historia- "O mapa de uma Cidade Perdida"

FBN I DOCUMENTO

Documento 512 - "O mapa de uma Cidade Perdida"
A Fundação Biblioteca Nacional, guarda um documento manuscrito, datado de 1754, identificado como "Documento 512" - um mapa de uma "Cidade Perdida".
É considerado o único mapa conhecido de uma cidade perdida no centro do Brasil e sua existência vem, ao longo dos anos, motivando inúmeras pesquisas.
Desde o tempo dos bandeirantes, o teor do documento desperta interesse de aventureiros, sertanistas, cientistas, historiadores e pesquisadores das mais diversas nacionalidades em busca da localização da "cidade perdida".
Entre os pesquisadores de renome destacam-se Sir Richard F. Burton, inglês, que publicou a obra Highlands of the Brazil, em 1869; e o coronel Percy Harrison Fawcett, explorador inglês, que desapareceu durante uma das expedições ao interior do ´Brasil, fato que desencadeou nos idos de 1950 uma "febre de expedições" para localizá-lo.
A existência do Documento 512 e as histórias sobre a "Cidade Perdida" geraram artigos, filmes e romances, tais como: As minas de prata, 1865, de José de Alencar; As minas do rei Salomão, 1886, de Rider Haggard; e O mundo perdido, de Arthur Conan Doyle, 1912. Já os fatos envolvendo o coronel Fawcett teriam inspirado o personagem Indiana Jones, do filme Os caçadores da arca perdida.
O Documento 512 é uma carta de 1754, que descreve a "Cidade Perdida", descoberta anos antes por um bandeirantes de nome Moribeca, onde são relatados vários sinais codificados sobre a sua localização
Saiba mais sobre o Documento 512 e a cidade perdida consultando a BNDigital em:http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_manuscritos/cmc_ms495/mss_01_4_001.pdf

lista de imigrantes acorianos em Sao Jose SC

https://drive.google.com/file/d/0B4TCUl6YRvq5TDdLWTV0bFpTaHM/view

O Transporte dos acorianos a Santa Catarina

      O número das pessoas, já inscritas nos transportes, prometia um grande lucro financeiro para os proprietários dos navios. A Corte Lisboeta recebeu muitas propostas para que os transportes fossem efetuados.

O primeiro contrato de transporte de 1.000 pessoas, foi assinado no dia 7 de agosto de 1747 entre a Corte Lisboeta e Feliciano Velho Oldenberg. O Assentista iniciou o cumprimento do contrato com o transporte feito em 1747 pelos barcos “Jesus, Maria, José” e “Santa Ana e Senhor do Bonfim”, que em dois dias completaram a sua capacidade e levaram a bordo um total de 473 pessoas. Seria uma viagem longa e difícil, mas repleta de esperanças e sonhos de uma vida melhor. 

Em menos de três meses e mais de 8.000 quilômetros, os navios atingiram a Ilha de Santa Catarina, infelizmente o elenco não estava completo – 12 pessoas morreram na viagem. Em 1748, foi feito o segundo transporte pelo mesmo contrato. Os barcos “Jesus, Maria e José” e “São Domingos e Almas” levaram 590 pessoas e apenas 506 chegaram vivas ou seja84 pessoas morreram! O terceiro e o último transporte de Feliciano Velho Oldenberg foi feito pelo barco “Jesus, Maria, José”, trazendo ao Brasil 230 pessoas.

A alta taxa de mortalidade nas viagens foi causada por vários motivos – os barcos não possuíam espaço suficiente para todos a bordo; a quantidade de água era limitada e a higiene, mínima; as câmaras limpadas diariamente pelas mulheres permaneciam molhadas, resultando em problemas respiratórios devido à umidade do ar; a falta de comida fresca, frutas, legumes e vitaminas, causava fraqueza física e durante a 14 longa viagem muitos adoeciam de febres, infecções intestinais, pneumonias, crises de fígado, escorbuto ou avitaminose. Muitas vezes o destino dos açorianos parecia igual ao dos escravos da costa africana, que os negociantes levavam para a colônia brasileira. Muitos deles morriam durante a longa viagem por causa do mal de Luanda, doença que atingia fracos e fortes, homens e mulheres.

Depois do segundo transporte, Feliciano Velho Oldenberg começou a ser criticado pelas autoridades sobre as condições desumanas nos barcos, perdendo para outro comerciante a possibilidade de assinar o próximo contrato de transporte para 4. 000 açorianos.
O novo contrato de transporte para 4.000 pessoas das Ilhas dos Açores à Ilha de Santa Catarina foi assinado dia 3 de Julho de 1749 com Francisco de Souza Fagundes.

-O primeiro transporte do Francisco de Sousa Fagundes foi feito em dezembro de 1749 por três barcos“Bom Jesus dos Perdões e Nossa Senhora do Rosário”, “Nossa Senhora da Conceição e Porto Seguro” “Sant’Ana e Senhor do Bonfim”, que levaram um total de 1. 300 pessoas, mas desembarcaram apenas 1.066

Os navios vieram com 234 pessoas à menos ou seja, nem com o novo Assentista foi resolvido o problema da mortalidade nas viagens! 

-O segundo transporte, do contrato com Fagundes, também foi feito pelos mesmo navios, os quais entre dezembro de 1750 e janeiro de 1751 entraram no porto da Ilha de Santa Catarina. De 1480 pessoas embarcadas 21 morreram

Em 1752, vieram os navios “Bom Jesus dos Perdões e Nossa Senhora do Rosário” e “Nossa Senhora da Conceição e Porto Seguro” com total de 
1. 000, de 1. 187 açorianos que embarcaram nas Ilhas. Com este transporte, o contrato de Francisco de Souza Fagundes foi completado. 

Durante os três transportes o Assentista levou à Ilha de Santa Catarina em total 4. 224 pessoas.

Segundo os Historiadores:













 Se acrescentarmos este número com o número de pessoas vindos através de Feliciano Velho de Oldenberg, teremos um total de 5. 437 açorianos que vieram à Ilha de Santa Catarina entre os anos 1749 –1752Ainda antes de ser completado o transporte de 4. 000 pessoas, o Conselho Ultramarino assinou mais um contrato com Francisco de Souza Fagundes para transportar mais 1. 000 açorianos à Ilha de Santa Catarina

O contrato foi assinado dia 8 de setembro de 1751 e efetuado em 1752 pelos navios “Bom Jesus dos Perdões e Nossa Senhora do Rosário” e “N.Sra. da Conceição e Porto Seguro” que em total levaram ao Brasil 1. 100 pessoas.

Desde o início da colonização, o Governador de Santa Catarina pedia a Corte Lisboeta, que lhe enviasse homens – soldados, para serem utilizados nas fortalezas recém construídas. O pedido foi ouvido somente alguns anos mais tarde, quando Francisco de Souza Fagundes obteve mais um contrato para transportar 500 madeirenses, 300 dos quais eram soldados.

 Em 1756, o navio com 520 pessoas embarcou à direção do Brasil, mas nunca chegou ao seu destino – naufragou no litoral da Bahia, na foz do rio Joanes e os madeirenses, que estavam indo com toda a esperança de uma vida melhor, morrem todos no naufrágio.